quarta-feira, junho 29, 2005

Celebração da vida!

Congratulo-me por o Desatino ter inaugurado no nosso blog o espaço de crítica cinófila (em itálico, não vá uma qualquer adolescente pensar ad nauseam (em itálico porque esta é intelectual, é grego (em itálico porque é mais uma piada. Não é grego, é latim)) que não sabemos escrever).

Se alguns blogs andam em crise, com falta de tema, falta de capacidade de escrita ou mesmo falta de quem escreva, o nosso, sobretudo desde a entrada no nosso querido e muito esperado Desatino, está em curva ascendente!

E como eu não sou assim tão dado a intelectualices (cansam-me, sei lá) e queremos manter esta falada curvatura sempre viçosa e rija, nada melhor que este aperitivo feminino.

domingo, junho 26, 2005

Afinal enganei-me...

As meninas do In-deed não são tão promissoras com julguei. Então não é que andam quais baratas tontas a censurar, a apagar posts, a dizer que não nos querem por lá, depois a escrever comentários por aqui, numa infindável dança macabra?

Compreendi o afastamento, e disse-o ontem. Mas este post só prova ao mundo que na verdade não sabem bem o que fazer sem nós. O silêncio a que se propuseram para reajustar a linha editorial do blog, na busca da iluminação intelectual e cultural das gentes mais novinhas, durou pouco mais de 24 horas. Não conseguem ficar um fim de semana longe do burburinho a que nos propomos.

Na verdade, não sei se ria ou se chore. Solto gargalhadas nervosas pela previsibilidade das suas acções, mas por outro, uma núvem de pessimismo se abate sobre mim. É esta a geração que se segue?

É que realmente... Apagam os comentários, proíbem-nos, e depois publicam-nos num post. É isto o suicídio bloguístico?

sábado, junho 25, 2005

É assim, não há nada a fazer...

Os blogs são assim, cadernos de apontamentos, diários que se vão escrevendo e deixando ao vento para outras pessoas os lerem. Muitos destes diários permitem a participação dos seus leitores para que possam ser acrescentados comentários às páginas. Porém, quando os leitores não sabem respeitar a susceptibilidade dos criadores do diário, é possível restringir as suas acções.
Foi isso que aconteceu no In-deed. E se por um lado lamento, por outro não deixo de concordar e inclusivamente regozijar-me. Havia algo que me assustava na formação de personalidade das miúdas. Aos 16 anos decidem criar um blog com preocupações culturais, dão conselhos aos leitores, tentam subir o nível intelectual do país, e, de repente, vêem-se envolvidas em duelos cibernéticos com um grupo de amigos que passam os dias a ver futebol, pensar em gajas, beber cervejas e a arrotar. Ora acho para elas uma perda de tempo. E mais do que uma perda de tempo para elas, foi uma perda cultural que o país teve, com a degradação do seu blog. Rarearam os Add-vice e abundaram as referências e picardias com a Vida é uma festa. Foram para nós momentos agradáveis, divertidos.
Fico feliz com esta censura porque lia nas páginas do In-deed uma corrente politicamente correcta demasiado dogmática para poder chegar a bom porto. E como as miúdas mais tarde ou mais cedo irão sentir o apelo da maternidade, serão responsáveis pela educação dos seus filhos que irão interagir também conosco nestas ruas da vida. E a educação de uma criança é uma coisa muito séria que não se pode compadecer de libertinagens pedagógicas. A censura é um instrumento essencial à correcta formação de carácter de uma criança. E esta experiência de lápis azul das miúdas do In-deed poderá ser importante no futuro, enquanto mães.

Quero também dizer, e o Al_fazema não vai certamente ficar ofendido, que me desagrada sobremaneira a truculência das suas palavras. Aqui entre nós não há censura, sempre discutimos abertamente as nossas ideias (quando raramente as temos, é verdade), e deixa-me bastante incomodado que o Al_fazema queira despedir-se das meninas do In-deed fazendo referências de mau gosto às suas vidas sexuais. Não vou por aí, até porque, sabem os que me conhecem, gosto de equilíbrios, gosto de compensações. Se uma mão bate, a outra ampara.

Acredito que as meninas do In-deed sejam raparigas especiais. Que se notabilizem nas turmas do liceu onde estudam, que sejam carismáticas, estejam, dia após dia, a crescer e deixar de ser meninas para se tornar mulheres a sério. Este processo é longo e sofre algumas convulsões. Mas não deve ser forçado com aventura de Verão, como propõe o Al-fazema. Deixem o tempo passar, vão analisando a vida alternando o papel de actor com o de espectador. Só assim podemos aprender com estas coisas e, acreditem, eu farei o mesmo com este desfecho bloguístico.

No estado de irritação que vos imagino sentir, não ouso deixar-vos com beijos e carícias, como era minha vontade, mas retiro-me então com uma solene vénia, caminhando lentamente, de costas, dizendo: "Até sempre, minhas queridas!"

sexta-feira, junho 24, 2005

Gandabolhamix2005

quinta-feira, junho 23, 2005

Post foleiro para aumentar as visitas deste blog

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quarta-feira, junho 22, 2005

Espaço de cultura? Tem de ser!

Como queremos ser vanguardistas e estar sempre um passo à frente no que toca a mandar bitaites pseudo-intelectuais merdosos, criámos uma nova rubrica neste nosso depósito de alarvidades.
A rubrica chama-se “Manjadisto-kedubaril” ( catita, hã? ) .
Esteve para ser “Apalpaki-parecepedra”, mas achei que era demasiado pretensioso.
Como o próprio nome indica, esta rubrica terá como principal intuito, divulgar e avaliar tudo o que tenha algum valor cultural.
Vão por mim que eu “pesco” disto!

Ora bem, hoje vamos divulgar o último trabalho musical do mítico Nelo Monteiro.
Não me recordo bem do titulo, mas sei que tem algumas vogais no meio das consoantes.
As músicas têm um ritmo mexido com uns laivos latinos à mistura, mas o que eu curto mesmo, são aqueles três, quatro segundos de silêncio entre faixas.
Há virtuosismo naquele silêncio, meus amigos!
Topa-se que está muito trabalho de estúdio condensado naqueles segundos, e principalmente muito talento!
Para mim, aqueles “intermezzos” de silêncio são as melhores faixas do disco.
Há nelas uma borbulhante criatividade, há algo que nos deixa numa espécie de turpor emocional.

Prós: Tirando as músicas, é do totil!

Contras: É uma beca caro.

Conclusão: Comprem, comprem, depois digam que é o diabo que vos tenta!

Jantar de Amigalhaços





terça-feira, junho 21, 2005

Evento espectacular!

Revejo-me na maioria das opiniões que aqui têm sido expressadas sobre os mais recentes temas da actualidade nacional, por isso não vou abordar qualquer um deles neste post.
Em vez disso, vou informar o nosso extensíssimo universo de leitores, que hoje vai ocorrer um importantíssimo evento que irá certamente agitar “as águas” da conturbada vida socio-cultural do nosso querido Portugal.
Será um evento decerto polémico, cujas avassaladoras repercussões se farão sentir por muito tempo.
Depois de tal revolução, problemas como a intolerância racial, o aumento da criminalidade, e o mais recente aumento do IVA, vão parecer mais uma leve distracção.
O País vai levar muito tempo a recuperar do caos, depois do que ocorrer hoje.
Como alguns de vocês já devem ter adivinhado, estou-me a referir a mais um jantar de amigalhaços.
Como devem calcular, estou num estado de euforia latente.
É sempre difícil aguentar a ansiedade pré-jantar de amigalhaços, e hoje não é excepção.
Numa atitude inédita e por bem da saúde cardíaca dos leitores mais sensíveis, vou auto-censurar esta prosa.
Desta vez não vou falar sobre os interessantíssimos e variados temas de conversa que porventura irão ser abordados.
Fazendo uma “filtragem” e eliminando os conteúdos mais polémicos, vamos antever o que será o jantar de hoje.
Ora bem, imaginemos então quatro amigos, sentados à mesa, a olhar uns para os outros e a degustar a comida em silêncio.

segunda-feira, junho 20, 2005

Foram legalizados os casamentos gay no futebol português

Esta é dedicada às meninas do Indeed, tão politicamente correctas. Nuno Assis, futebolista do Glorioso, casou-se com Carina (bonito nome), como se lê no canto superior direito. Nesse mesmo canto se dá a conhecer que dois futebolistas do FCP, Hugo Almeida e Postiga, também deram o nó.

Gorgulho careca

Esta foi uma das melhores maneiras de analisar a concentração de nacionalistas no Martim Moniz, no passado Sábado. É assinada pelo Rui Tavares, no barnabé.


O orgulho que resta à nódoa

Um dos imbecis que está agora no Martim Moniz a manifestar-se contra os imigrantes diz que tem "orgulho em ser branco".
Claro que sim: quando não se pode ter orgulho em ser inteligente, em ter talento, em ter aumentado a sua cultura e educação, em ser boa pessoa, em ter-se aperfeiçoado, em ter ajudado pessoas, em ter feito o mundo melhor ou em ter sido um exemplo para os outros. Quando não se pode ter orgulho em ser apreciado por pessoas de proveniências e culturas diferentes, em ter estado num país estrangeiro, ter feito amigos e ter deixado saudades. Quando não se pode ter orgulho em saber cozinhar, falar, dançar, tocar um instrumento, pintar, amar e ser amado por uma pessoa que admiramos, trabalhar no duro, ter boa caligrafia, aprender um idioma, ser autor de um invento, conhecer a história do seu país, ter criado filhos e netos, ser um bom marceneiro, ou um bom professor, ou um bom servente de pedreiro. Quando não se pode ter orgulho em saber alinhar duas ideias, saber compreender uma única, ou em ter tido nenhuma.
Quando não se pode ter orgulho de nada, tem-se orgulho em "ser branco". É o que sobra ao destituído total. Também a nódoa no pano, coitada, deve ter orgulho em "ser nódoa", o buraco em "ser buraco", a bosta em "ser bosta".
No entanto, o que esse imbecil ainda não entendeu é que ele nem sequer teve responsabilidade em ser branco. É só branco por acaso.
Tem, de facto, muito pouco de que se orgulhar.

quinta-feira, junho 16, 2005

Insónia

Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.

Espera-me uma insónia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.

Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite —
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!

Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!

Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam —
Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam —
Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.

Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.

Estou escrevendo versos realmente simpáticos —
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!

Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstracção de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê...

Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo excepto no poder dormir!

Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!

Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.

Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exactamente.
A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exactamente. Mas não durmo.

Álvaro de Campos

quarta-feira, junho 15, 2005

R I P

Fugiram deste mundo três homens conhecidos. Vasco Gonçalves, Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade. Poder-se-ia dizer que a crise afectou também os serviços celestes e que a ascenção sai mais barata quando é feita numa viagem só, com os anjinhos carregados que nem burros. Mas desconfio que não partam todos no mesmo sentido, pelo que a teoria não deve estar correcta.

De repente, uma infindável horda de adolescentes desata a fazer homenagens póstumas a Álvaro Cunhal, "o grande líder da classe operária" sem fazerem ideia do percurso e luta contra o fascismo. Não lhe tiro esse mérito, mas não venham com as tretas do costume: "Um homem de grande coerência, de grande verticalidade, um humanista, etc..." Um gajo que sempre foi stalinista, que sempre fez do seu partido uma máquina totalitarista, sem espaço para vozes independentes, laterais à cartilha do Comité Central, tornando-o no menos democráticos dos partidos portugueses, não me merece uma homenagem hipócrita. O comunismo é um sonho lindo, mas não manchado de sangue.

terça-feira, junho 07, 2005

Jantarada

Perante a proximidade de mais um jantar de amigalhaços, escrevo este post com dedos frementes.
Vão ser um par de horas do mais puro deleite, na companhia de poucos mas bons e queridos amigos.
Por certo que previsivelmente, as nossas amigas vão estar a pensar que vamos falar de bola e gajas.
Nada disso, iremos certamente aproveitar a ocasião para falarmos sobre assuntos mais sérios.
Tenho até a ideia de discutirmos exaustivamente os malefícios dos fungos de cona na relação sexual, ou se houver tempo (entre o naco na pedra e a sobremesa), debatermos a inquietante temática dos surtos de gonorreia na garganta que assola as virginais jovens de famílias de direita cristã.
Devo dizer que o fio de conversa irá pontualmente ser cortado pelo ocasional arroto, ou quem sabe, por algum tímido e inesperado traque (sem cheiro, para não perturbar a degustação da comida).
Saliento estes rituais porque servem de condimento indispensável a qualquer conversa com este nível de profundidade, além de revelar requinte e maturidade por parte dos intervenientes.
Vai ser um jantar onde certamente se irão perspectivar assolapadas discussões para as noites deste verão que se prevê escaldante.


PS: Aproveito a ocasião para salientar que estou cada vez mais competente na arte de falar muito sem dizer coisa nenhuma.

Papeladas

Já repararam na horripilante quantidade de burocracia inútil existente neste nosso querido Portugal?
Por exemplo, para mim a frase “repartição de finanças” é sinónimo de demência e desespero.
Para começar temos as sacramentais longas e desordenadas filas de espera.
Quando não há aquele sistema de fichazinha numerada e temos de estar em pé no meio da molhada e respirar aquelas fragrâncias exóticas que muita gente tão profusamente emana?
Muitas vezes, em vez do normal dossier, dá muito mais jeito um carrinho de mão (daqueles das obras), para transportar a habitual miríade de documentação avulsa, cópias e contra cópias que é necessário apresentar.
Mesmo assim, pessoalmente, sofro do síndrome “Falta-lhe o documento Y para anexar à copia do documento X”.
E os formulários? Para simplificar, cada modelo de formulário vende-se em balcões separados. Tipicamente, quem quer adquirir o modelo 1345-b, tem de se deslocar ao guichet 3 do 1º piso, enquanto quem quiser o modelo 1232-a, tem de subir ao 2º piso, só para descobrir que o mesmo se encontra esgotado ou que a senhora do guichet 5 ainda não chegou do almoço.
A clássica resposta “-Não temos troco!” também costuma causar alguma inquietação aos mais desprevenidos.
Falando agora dos formulários propriamente ditos, não acham curioso que o número de páginas que o “guia de preenchimento” (ou instruções, como lhe queiram chamar) ocupa, seja maior que o próprio formulário a preencher?
E o curso na Suiça que um gajo precisa de ter para descodificar as referidas instruções?
E quando há um madraço de um formulário que só se pode preencher a tinta preta ou com letra de imprensa? Normalmente só nos damos conta destes pormenores quando estamos no fim do preenchimento.
Por isto, é sempre bom comprar em tudo em triplicado, só por causa das tosses.
Também é de salientar a abrangência do horário, que também costuma ser muito ampla.
É algo do género, 10h30m-12h30m manhã, 14h15m-16h tarde.
Com estes horários, não são raras as vezes que perdemos meio dia nestes jogos burocráticos.
Quem diz meio, diz o dia todo, quando temos que voltar por causa de um documento em falta.
É só facilidades, caralho!

Baboseiras, sei lá!

Para fazer concorrência ao blog das nossas amigas do Sexo e o Bairro, mais concretamente ao post “6 gajos famosos que marchavam”, venho por este meio informar-vos que tenho uma ideia muito mais de acordo com a presente altura do ano.
Vou propor-vos uma pequena lista de objectos de extrema utilidade para este verão.
Depois de estar dois dias a pensar num título original para dar à referida lista, é com enorme orgulho que lhes apresento:

OS 6 OBJECTOS MAIS ÚTEIS PARA O VERÃO 2005 (Que tal? Mais original que isto não é possível)

1º- Arrastadeira 2500ml plástica (em rosa clarinho, que é a cor da moda)
2º- Restaurador Olex (embalagem grande)
3º- Palmilhas anti-fadiga (com gel ENERGY e leitor de MP3)
4º- Abre cartas (lamina aço inox/função GPS)
5º- Exemplar do “Almanaque Borda D’água” (inestimável e mítica fonte de informação útil)
6º- Preservativos de sabores (a variedade com sabor a torresmos e sistema anti-esfodassanço é a minha favorita)

E pronto, boas férias é o que desejo!

sábado, junho 04, 2005

Embaraços

Decerto que todos vocês já passaram por situações embaraçosas na vida, por isso vão certamente compreender a angústia que situações como a que vou relatar de seguida, podem provocar nas “psiques” mais desprevenidas.
Há algumas primaveras atrás, era eu ainda um adolescente inconsciente (agora sou só inconsciente), decidi ir alugar um filme no clube de vídeo da minha rua.
Chegado ao dito clube, deparo-me com aquilo que todo o jovem com as hormonas em efervescência, deseja com todas as forças do seu ser.
Para aqueles 0,01% de leitores do sexo masculino, que não sabem do que raio estou a falar, a resposta é uma GARINA, evidentemente!
E era bem gira, e estava sozinha, vejam só!
Não que o facto da moça se encontrar sozinha fosse adiantar alguma coisa, ou dar-me alguma vantagem numa hipotética tentativa de engate, nada disso.
O facto de eu ser até aos dias que correm, um nabo com uma rama até ao céu, retira-me qualquer vestígio de esperança numa situação deste tipo.
No entanto, para um puto inexperiente, só o facto de estar sozinho com uma brasa daquelas num raio de 3 metros, era o bastante para me ter deixado um “tudo-nada” nervoso.
A esplendorosa jovem encontrava-se à espera de ser atendida, e à medida que eu me aproximo, cruzámos o olhar.
Do cruzar o olhar ao ficar olhar fixamente foi um pequeno passo.
Aquela morena de lábios carnudos não tirava os olhos de cima de mim!
E agora? O que faço eu? Eu bem procurava na minha base de dados mental, de algo para dizer, mas com os nervos, a minha capacidade de raciocínio ficou equivalente à de um rebuçado do Dr. Bayard.
Enquanto que o olhar penetrante da bela jovem, me deixava cada vez mais ruborizado, sentia um calor espalhar-se por todo o corpo.
A situação manteve-se assim durante alguns segundos, até que ela apontando para o meu nariz, exclamou: “-Tens aí uma coisa!”
Juro-vos, num ápice, o meu ego que estava cheio como um balão de feira, vazou e ficou pequenino e engelhado.
Toda aquela recém adquirida confiança, desmoronou-se como um castelo feito com um baralho de cartas (onde é que eu já ouvi isto?).
Pendurada numa narina, estava uma massa viscosa, absolutamente nojenta!
Afinal, o que poderia ter sido uma linda história de amor, foi rapidamente obliterada por um macaco do nariz (como dizem os pequenitos), vulgo “burrié” ou “cagaita”.
E como se não bastasse o embaraço, aquela merda parecia aquelas fitinhas intermináveis que os palhaços costumam tirar do nariz.
Andei ali à luta para conseguir extrair todo o “produto” do nariz.
Até hoje, nunca vi algo com semelhante textura, consistência e tonalidade sair do nariz de alguém.
Por momentos pensei que tivesse vida própria, que fosse um filha da puta de um alien!
Só me lembro de um clássico filme de sci-fi chamado “The Blob”.
E assim se desfez a doce ilusão de um episódio romântico na vida de um adolescente.
Arrumei com jeitinho e sem levantar ondas, a “criatura” no bolso das calças (à falta de lenço, foi o que se arranjou), e tentei passar despercebido.
Não mais me atrevi a olhar a menina nos olhos. Até ser atendido, procurei a todo o custo, alhear-me o mais possível daquela situação tragicómica.
Para terminar e para a petizada que porventura lê este blog na Internet alojado, deixo uma importante lição de vida.
Quando saírem de casa, vasculhem bem essas cavidades nasais em busca de seres hediondos cuja única missão é acabar com a vida amorosa de um gajo!

quinta-feira, junho 02, 2005

Que a força esteja convosco!

Ora então experientem lá isto que vos digo: vão ao google, escrevam "a vida é uma festa", cliquem em "I'm feeling lucky" ou "Sinto-me com sorte" e verão se não acabámos de subir à primeira divisão dos blogs?

Hã?? Que tal? :-)

Ah, caralho...

dass...

Estou no Blog.com.pt