segunda-feira, novembro 26, 2007

Casamentos aos molhos

Definitivamente aquilo que mais me agrada nos casamentos é a comida.
Não gostando particularmente da cerimonia religiosa nem do sorriso idiota que os noivos invariavelmente ostentam na cara ( o estado "in love" faz-nos realmente fazer com cada figura ) , como bom alarve que sou, não desdenho aquela actividade à qual vulgarmente designo como : comer à fartazana.
Para mim, basicamente os casamentos só servem unicamente para este fim.
Tudo o resto para mim é a mais pura perda de tempo e significa para mim uma tortuosa e interminável espera onde vou fazendo figura de corpo presente no meio de inesgotáveis torrentes de ósculos e amplexos.
O meu ar de fastio vai sendo substituído por uma cada vez maior alegria a cada metro que me aproximo do local do copo de água.
Quando finalmente me aproximo da mesa das sobremesas, já estou mais rejubilante que o Gene Kelly no Singing in the Rain.
Haverá coisa mais burguesa do que um um copo de água para 1342 convidados?
Enquanto as madames de piaço armado fazem chorar as pedras da calçada ao verem os noivos a saírem da igreja, eu fico de coração partido ao ver o horror, a tragédia pendente sobre os destinos destas insuspeitas criaturas.
Os anos de birras, amuos e lamúrias permanentes que vos esperam, meus caros.
Livrem-se de desaguisados inúteis e poupem o dinheirinho do casórios meus palermas!
Houvesse quem proferisse alto e bom som em plena cerimónia:
-Ò Fagundes, se soubésseis a real dimensão da alhada em vos estais a meter, iríeis
seguramente preferir um valente pontapé de ensaio nos tubaros aplicado por um jogador de râguebi!

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