terça-feira, setembro 27, 2005

Que cabeça a minha...

Ando com um problema sério, recentemente tenho sido acometido de uma gritante falta de memória.
Da minha mente evapora-se informação importantíssima. Datas de aniversário (para isso então, tenho uma capacidade de retenção de para aí três segundos), listas de compras, compromissos de trabalho, e por aí fora.
Ontem por exemplo, esqueci por completo de mais uma reunião de condomínio, vejam só.
Mas é curioso, apesar disso, consigo lembrar-me da cor do fio dental que a vizinha do 1º Esq usava quando se curvou para apanhar a correspondência que inadvertidamente deixou cair junto à porta de casa.
Deve ser a memoria selectiva a funcionar, certamente.
Como é sabido, a informação é retida e processada no nosso cérebro segundo uma determinada ordem.
Ao que parece, a minha cuca deu mais relevância à cueca da vizinha de 1º Esq do que à importantíssima reunião de condomínio.
Para ser sincero, não lhe levo a mal. Convenhamos que a cueca e a respectiva bolha nela contida têm infinitamente mais graça que o tédio daquelas reuniões de condomínio.
Qualquer coisa tem mais interesse que aquelas malfadadas reuniões, que não passam de um pretexto para se falar da vida alheia e de se “cortar na casaca” de quem não está presente.
É uma galinhice pegada! A perspectiva de me manter sentado, durante mais de 2 horas a assistir a uma maratona de coscuvilhice é demasiado penosa para mim.
É uma perda de tempo. Não tenho vida nem pachorra para essas coisas.
Se é para perder tempo com parvoíces, então que se fizesse outra coisa menos entediante, foda-se!
Olha! Por exemplo, como sou o único homem presente, podia dispor as minhas condóminas todas em fila, e à vez, deixa-las chuparem-me bem o caralho ( prefiro a expressão “chupar o caralho” a fellatio, porque é menos burguês ) durante um minuto.
Ok, acalmem-se lá meninas! Admito que agora não estive bem. Um minuto é manifestamente pouco, nem dá para lhe tomar o gosto. Cinco minutos parece-me o ideal.
Depois do serviço feito, eu rapava de uma tabuleta com a pontuação atribuída à técnica e perícia demonstradas, e faríamos assim um simpático concurso de broche. Que dizem? Genial, não era?
Assim dávamos o tempo por bem empregue e ficávamos todos satisfeitos.
Acho que vou propor isto na próxima reunião. Ao menos assim não voltava a “olvidar” mais uma “runião” de condomínio.

Mais falta de assunto

A adolescência tem coisas tramadas, as coisas que nos passavam pela cabeça, valha-nos deuses.
Em tempos idos, depois das aulas (andávamos ainda no ciclo-preparatório), eu e o Desatino tínhamos por hábito passarmos por uma pastelaria que havia perto da escola e comprávamos uma goma cada um.
É de notar que não podia ser uma goma qualquer, escolhida ao acaso. Não senhor!
Tinha de ser uma goma com uma característica muito particular. Tinha de ser uma goma VERMELHA.
Ainda hoje me pergunto a razão de ser deste capricho adolescente.
Talvez a nível do subconsciente houvesse uma relação entre a cor e o glorioso.
Sim, porque além do vermelho ser a cor mais bonita que existe, é a cor do melhor clube do mundo.
Era bonito ver a luz a passar através daquelas gomas escarlate rubro, sentir a sua textura macia e os pequenos grãos de açúcar a brilhar.
Para mim eram como pequenas jóias de açúcar feitas, que nós íamos comendo com dentadas pequenas, para fazer render.
Depois, limpávamos o açúcar dos dedos às calças, e íamos à nossa vida.
A simplicidade destes momentos tinham imenso significado para nós, são daqueles momentos “A vida é uma festa” que guardo com imensa ternura.Agora mudando o tom à prosa, a continuar esta toada lamechas a impregnar este blog, ainda me põem a andar em assembleia de blog.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Outra para quem a apanhar!

Coisas que me irritam [continuação...]

13. Gajos que têm a mania que são de esquerda porque vêm filmes intelectuais no King, lêem o Le Monde diplomatique, dão umas passas nas reuniões de amigos do PSR, usam o turmo burguês como um insulto, mas fazem compras no Colombo e têm o cartão de crédito do El Corte Inglês.


lembrei-me desta agora, caralho... Não é fantástica?

sábado, setembro 24, 2005

Jantar de amigalhaços

Começou na esplanada do Adamastor, com umas bejecas para aquecer. O Desatino foi lá ter comigo e fomos caçados a espreitar as mamas desta junkie. Tinha um cão, cinco amigos armados em tocadores de realejo e um par de mamas brutal!




Depois, com o anoitecer, tirar fotografias tornou-se mais complicado. Ficavam tremidas, e então optámos pela técnica do video, esperando que depois, extraindo frame a frame, se encontrasse alguma imagem poderosa. Sempre que passava por nós uma jovem que nos suscitasse interesse, carregava no botão. Claro que rapidamente fiquei com o cartão de memória cheio.

Mas esta técnica tem um problema, quando carregava no botão ficava sem tema de conversa, com ar aparvalhado, num misto de tentar conversar para não "dar bandeira", mas sem conseguir desviar a atenção da excitação dos seios opulentos, as nádegas rijas, a pele imaculada, o ar jovial e tenro das jovens que eram alvo da nossa cobiça. Terei de treinar isto mais vezes, inclusivamente estudar um discurso em piloto automático para dizer nestas ocasiões.

Mas já todos perceberam que a técnica mostrou-se limitada, pelo menos durante a noite. Porque durante o dia, quando me deslocava para o ponto de encontro amigalhal, ainda consegui isto:


O jantar foi riquíssimo em dissertações filosóficas acerca da solidão do Eu na luta desigual com os dilemas humanos recorrentes: o Amor, os Sete Pecados Mortais, e o cagaço da Morte.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Mais um post morno

Mais um jantarinho de amigalhaços, mais um post lamechas da minha parte.
É assim, não há nada a fazer. É mais forte que eu, dá-me uma pulsão irresistível de despejar a torrente de emoções que florescem dentro da minha pessoa, sempre que se avizinha um evento desta natureza.
Evento será porventura a palavra certa para definir estes encontros de amigalhaços.
Não tanto pela espectacular idade do acontecimento, mas mais pelo simbolismo que o mesmo representa.
Em regra são encontros onde a animação e boa disposição são predominantes, mas mesmo quando o silêncio faz a sua aparição no nosso “gathering” e quebra um pouco a fluidez do “cumbibio”, existe sempre aquela agradável sensação de união e de cumplicidade.
Como peças de um puzzle, cada um contribui à sua maneira para a harmonia do grupo.
É difícil de explicar isto, mas mesmo quando estamos em desacordo ou há porventura algum conflito, sentimos que há sempre algo superior a esses acidentes de percurso, algo chamado amizade.
A amizade é daquelas coisas que são sempre mais fáceis de sentir do que descrever.
Existe uma cumplicidade nesta amizade que vem sido cimentada desde a adolescência, que mesmo não sendo muito frequente estarmos juntos, é sempre uma alegria imensa quando o fazemos (pelo menos é que eu sinto), e o tempo parece que pára quando isso sucede.
Agora preparem-se, se acham que isto estava insuportavelmente lamechas, aviso-vos já que vai piorar, acreditem!
Estes três mariolas são aquilo que mais se aproxima do conceito de irmão para mim.
De certa forma as nossas existências estão interligadas, somos repositórios de experiências partilhadas.
Foram alegrias, angustias, as primeiras descobertas. Todo um processo de aprendizagem e evolução que tem sido vivido em comum.
Estes gajos marcaram-me muito (não, não foi à porrada), foram e continuam a ser o condimento perfeito da minha vida e estão firmemente guardados naquele sítio que o povo costuma chamar coração.
Eu sei que não sou uma pessoa muito afectuosa e táctil, mas que tal facto não iniba toda a ternura contida neste abraço virtual que vos mando.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Ganda som!

Como é que este gajo pôs som no blog dele?

Desespero no IKEA





Não havia melhor do que isto. Até havia, mas eram gajas decentes que não andam propriamente a mostrar a peida a toda a gente. Gajas boas e ainda por cima bonitas havias bastantes, mas o nosso interesse para esta temática voyeurística é essencialmente mostrar-vos a bimba boçal e ordinária. A não ser que apareça um qualquer cú irresistível de ser fotografado. Mas a indumentária é essencial para realçar ou esconder a simpatia do Senhor, e hoje aquilo estava fraquíssimo. O melhor mesmo foram as duas minis (leia-se mines) que bebi ao almoço na tasca ao lado.

And now something completely different

É um texto do JPP (que bem sei que irrita muito duas meninas que me são intensamente queridas) publicado há uns meses no Abrupto. Vem a propósito de coisas que me irritam, sendo um dos meu focos principais a falsa beatice. E se há gajos que me acusam de defender os ideais da burguesia, quero usar a eloquência do JPP para dizer que entre um beato do BE ou o João César das Neves as diferenças são maiores no cuidado com que aparam a barba do que na forma de pensar e facilidade em julgar os outros.


Cá vai, então:



BLOCO DE ESQUERDA E PP são partidos muito mais parecidos do que alguma vez queiram admitir. São miméticos no seu ódio recíproco, como só os pequenos partidos podem odiar-se entre si na sua couraça de radicalidade. Tem ambos dirigentes muito semelhantes: o que é que há de mais parecido a Portas do que Louça e vice-versa? Ambos moralistas, self-righteous até dizer chega, não conseguem abrir a boca sem nos dar uma lição do que se deve ou não deve fazer. Ambos politicamente correctos um na sua missa, outro no seu ocasional e admitido charro, um no seu fato, outro na sua camisa, ambos usando o que vestem como uma farda de serviço, uma extensão do seu manifesto político.
Nestas eleições o BE ganhou ao PP, subiu onde ele desceu, também porque Louça é mais genuíno do que Portas. Portas não consegue esconder a agressividade, que nele assume a forma de arrogância, da pose. Querendo ser inglês, mordaz e cínico, anarco-conservador como vem nos livros e no Spectator, falta-lhe o estofo e o saber, e acaba por ser ultra-montano e beato, e ávido de uma realpolitik no fundo paroquial e provinciana. Louçã é o que é há muito tempo, tem muito treino, é um ideólogo frio e capaz, tem o mundo completamente encaixado, sem uma dúvida, auxiliado por uma maior cultura e cosmopolitismo. A sua arrogância, parecida com a de Portas, manifesta-se pelo verbo, mas é menos susceptível de soçobrar no ridículo, até porque protegida por uma comunicação social simpatizante.
Depois o Portugal de Louça cresce e o de Portas encolhe. Os jovens radicais urbanos bem nascidos hão-de sempre ser mais do lado do Bloco, porque o politicamente correcto é a ideologia do nosso ensino, e só uma pequena minoria, não muito diferente na origem social mas de famílias diferentes, engrossa os admiradores do PP. Quem podia fazer crescer o PP, os empresários e a “cultura da iniciativa” desconfiam do radicalismo de Portas e preferem outros, Sócrates neste caso.

Coisas que me irritam [Take 3]

-Gajas que acham grosseiro quando não lhes abrimos a porta para entrar no carro, mas depois mascam pastilha com a boca aberta.

-Gajos que andam de fato de treino em centros comerciais.

-Gajos que não apanham as fezes dos “beubeus” quando os vão passear à rua, deixando os “brindes” à mercê da sola do sapato do transeunte mais incauto.

-Gajos cuja noção de andar à procura de emprego, consiste em levantar o cu da cama ao meio-dia, mandar 2 ou 3 currículos pela Internet e ficar à espera que o telefone toque enquanto sorvem uma jola fresquinha numa esplanada.

-Gajas que querem fazer dieta para perder as banhas que acumularam à volta da cintura, mas enfardam bolas com creme ao pequeno-almoço, fritos à refeição e um pacote de Doritos ao lanche.
Já para não falar do exercício físico, que consiste nuns ocasionais arregaçamentos de caralho.

-Gajos que adoptam um discurso de humildade e tolerância quando estão com os filhos, mas depois entoam cânticos anti-fcp quando vão ao futebol e contam anedotas de ucranianos e pretos aos amigos.

-Srºs Engenheiros que ocupam lugares de chefia em empresas de renome internacional, e no entanto, no discurso oral e escrito, têm pérolas como: dissestes ou fizestes.

-Gajos que gastam 40 euritos num bilhete para irem a um concerto, e depois passam a maior parte do tempo a mamar na boca das pitas, a enrolar brocas e a entornarem suco gástrico misturado com jola para o chão.

-Aquelas pessoas cuja ocupação é testar os limites da paciência a um gajo, cujo nome dá por “testemunhas de Jeová”.
Em regra, caracterizam-se pela extrema dificuldade em compreender frases ditas em português claro e simples como: “-Agora não posso, obrigado.” Ou “-Desculpe, mas não estou interessado.”

-Gajas que bajulam os superiores hierárquicos e tratam os colegas como merda.

-Gajas que destilam paixão enquanto há $ na conta bancária do parceiro amoroso, mas quando o graveto acaba, mandam o desgraçado com as putas.

-Gajas que começam a fumar porque as amigas também o fazem. Consta que muitas delas acham que o cigarrinho pendurados nos queixos lhes dá uma imagem muito sexy.

-Gajas que dizem que o namorado as anda a trair, só porque encontraram uma foto erótica de uma amiga comum na mesa-de-cabeceira do respectivo.
Estas gajas têm cá um feeling!

-Gajos que dizem estar numa fase de abstinência quando passam mais de uma semana sem irem às putas.

-Gajos que fazem tanto “zapping” que acabam por não ver porra nenhuma.

-Gajos que encaram a condução como se um jogo de vídeo se tratasse, esquecendo-se que jogam com vidas humanas e as põem em risco.

-Gajos idiotas que fazem posts moralistas.

-Gajos que acham que são o máximo só porque possuem um potente bólide.
Daqueles que são transformados em hinos ao mau gosto através da fina arte do “tunning” (ou xunning, como preferirem).
Ah caralho! Esta gente não sabe o que fazer ao dinheiro! São escapes de rendimento, chips de potência, jantes de competição, manómetros cromados, luzes néon por baixo da viatura, suspensões rebaixadas e outras traquitanas.

-Os tansos dos progenitores que financiam os carros do “tunning” e outros caprichos dos imbecis dos filhos.

-Gajas que usam calças de cintura descaída e deixam literalmente a camada adiposa acumulada à volta da cintura a transbordar fora das calças.
Admiro a coragem mas há gente sem desconfiometro nenhum!

-Aqueles gajos que por virtude de serem doutorados em “Chico espertice”, tentam sempre ludibriar o próximo, passando a vida a engendrar “esquemas” para esse efeito.

-Gajos que para adiar “ad eternum” eventuais projectos, utilizam a expressão: -Isso tem que ser muito bem pensado.

-Gajos que defendem as praxes como forma de integração, e como tal, acham normal um caloiro enfiar a cabeça numa sanita.

-Gajos que usam calças de fazenda.

-Gajos que usam blusões de penas.

-Gajos que quando vão à praia, andam como se tivessem dois melões debaixo dos braços.

-Gajos que emitem sempre um parecer, mesmo sobre algo que desconhecem.

-Gajos que compram coisas que não precisam, só porque o vizinho tem igual.

-Calvos que deixam crescer o cabelo dos lados para cobrir a careca.

-Gajos que dizem mal do glorioso.

-Gajos com a mania que são donos da verdade absoluta.

-Gajos que afirmam que as vitimas dos campos de concentração nazis nunca existiram.

-Gajos cuja ideologia neo-nazi/extrema direita, os leva a afirmar que têm menos direitos que os homossexuais.

-Gajos que têm de ter sempre as ultimas versões de todo o software instalado no computador, mesmo sabendo que é mais certo que sem duvida, ficarem com o Windows todo fodido.

-Gajas que não usam cueca fio-dental.

-O patriotismo exacerbado dos espanhóis.

-Gajos que se irritam com tudo aquilo descrito acima.

To be continued…

sexta-feira, setembro 16, 2005

Post burguês



Com este post, o nosso blog está mais burguês do que nunca!

Coisas que me irritam também

-Gajos que dizem estar de dieta, mas quando vão ao supermercado compram uma latinha de dobrada, só porque não estão para perder tempo a cozinhar.

-Gajos que se dizem “bons chefe de família”, mas que no entanto dão grandes arraiais de porrada aos filhos e põem os cornos às esposas/namoradas.

-Gajos que dizem que o humor de séries como o “The Office” ou o “Gato Fedorento” não vale um caralho, mas riem-se a bandeiras despregadas com as chalaças do Fernando Rocha.

-Gajas que dizem que as mulheres do “jet-set” nacional são todas umas putas e que só querem é boa vida, mas compram religiosamente a “Lux” e a “Caras”.

-Aqueles idosos que se queixam que ninguém os respeita, mas que não perdem oportunidade para passar à frente de toda a gente na fila dos autocarros/supermercados.

-Gajos que dizem que os amigos são tudo para eles, mas no caso de um deles ter necessidade de uma dádiva de sangue para uma intervenção cirúrgica, dizem logo ter medo de agulhas.

-Gajos que se vangloriam de não verem os noticiários nem de lerem jornais, mas quando vão no metro, deitam sempre um olhinho à revista “Maria” que a sopeira do lado vai a ler.

-Gajas que quando estão para desligar uma chamada, dizem: -Atão vá…
Atão vá onde caralho??

-Gajos que tipo dizem “tipo” assim umas duzentas ou mais vezes por frase.
Foda-se! Raismapartiça mais as muletas linguísticas!

-Gajos que fumam em locais públicos, e que quando um gajo se queixa do fumo, dizem logo: -O fumo não está a ir para aí!

-Gajas que pedem para serem sodomizadas, e depois queixam-se que dói.

-Gajas que dizem em conversas entre amigas, que os respectivos namorados são uns “totós”, mas quando estão a levar nos entrefolhos das reguadas das aldrabas das contrapipas do centro da peida, urram como umas putas e dizem ao ouvido “-Invade-me, meu kido!”

-Gajos que têm blogs só para dizer mal dos outros.

-Gajas que morrem por não terem “aquele” telemóvel de ultima geração, apesar de trazerem mais de cinco quilos de telemóveis na bolsa.

-Gajos que morrem por não terem “aquela bomba” de bólide, mesmo tendo um carro fiável e económico.

-Gajos que fazem download de merdas que nunca vão utilizar na vida, mas que as sacam na mesma só porque é de borla.

-Gajos que ficam mais de meia hora à espera numa fila, desde que a palavra mágica “GRÁTIS” lhes chegue aos ouvidos, e mesmo que a oferta em questão seja merda seca embrulhada em papel brilhante.

-Gajos que se matam a bombar no ginásio, e depois do treino vão emborcar umas jolas com os amigos.

-Gajos que para terem um magnifico televisor plasma de 150 polegadas - ultra wide, com som mega surrond 8.1 - THX certified, não se importam de passar laberca uma boa parte do ano, para poderem pagar a penosa prestação mensal.

-Gajas que passam meia manhã de volta das roupas, das maquilhagens, dos cabelos, das unhas, das sobrancelhas, das estrias e afins, para depois cheirarem mal da boca como o caralho.
Quem diz boca, diz outros orifícios mais recônditos.

-Gajas que gerem as suas vidas ao sabor das previsões astrológicas, mapas astrais, análises cármicas e similares, mesmo que isso implique andarem a fazer broches a cavalos.

-Putos que se acham uns grandes “hackers”, só por fazerem o download de um crack na Internet. Muitos deles nem sequer sabem criar uma conta de e-mail.

-Gajos que perdem tempo a fazerem posts imbecis em blogs alarves.

-Gajas que gostam de manter a casa um modelo de asseio, mas quando chegam à rua, não hesitam em mandar beatas para a via pública.

-Gajas que não gostam do natural festival de traques e arrotos que sucede quando dá um jogo da selecção na televisão e se reúne um grupinho de amigalhaços.

-Gajos que fingem gostar de recitais de poesia e de prosa erudita, só para poderem engatar mais umas queridas.

-Gajos que ficam muito incomodados quando os vizinhos fazem um pouco mais de barulho ou põem a música alta, mas quando vão ao cinema, gostam imenso de falar alto e mandar bocas a meio do filme.

-Gajos que quando têm uma viatura automóvel nas unhas, andam sempre a alta velocidade e a fazerem ultrapassagens perigosas, só para poderem chegar 3 minutos mais cedo ao destino.

-Falsos moralistas que criticam os amigos quando vêm filmes de sexo com animais, mas que em tempos batiam soberbas punhetas a ver os Jogos sem Fronteiras.

-Gajos que perdem tempo a ler posts imbecis em blogs alarves.


To be continued…

quarta-feira, setembro 14, 2005

Coisas que me irritam [post infinito]

1. Gajas da direita-cristã a moralizar as minhas taras e que no minuto seguinte já estão a fuder desalmadamente com um qualquer recém-conhecido.

2. Gajos armados em revolucionários de esquerda a mandar bocas a todos os que trabalham mais que eles e que, obviamente, têm mais dinheiro que eles.

3. Gajos que acham que para se ser de esquerda é preciso cravar trocos, almoços, cd's, dvd's, livros, e depois levar anos a fio sem os devolver.

4. Gajas que acham que para se ser de esquerda é preciso andam muito mal amanhadas, ter barriga, perder a feminilidade.

5. Gajos que se dizem de esquerda e que têm imensas causas "fixes", como as ambientais, por exemplo, e para poupar água cheiram mal dos pés.

6. Gajos que aprenderam com os pais a dizer que os comunista são maus.

7. Gajos que aprenderam com os pais que os que não são de esquerda são maus.

8. Gajos que não sabem gerir sequer as suas finanças e andam sempre a pedir dinheiro emprestado a fundo perdido aos amigos mas dizem mal da política económica do Governo com um ar muito douto e entendido em alta finança.

9. Gajos que não sabem distinguir um bom Van Gogh de um mau Van Gogh mas que, desde que saibam o autor do quadro que está em frente, caso seja um génio consagrado, dizem logo que "é um arraso!".

10. Gajos que estão sempre a dizer mal de Portugal, a dizer que "lá fora é que é bom", mas que se tivessem tomates para ir lá para fora seriam ainda mais medíocres do que o são por cá.

11. Gajos que leram o livro do José Gil, o acham genial, dizem que é um retrato perfeito dos portugueses, mas não se revêm nele, que é um retrato de todos os outros que conhecem.

12. Gajos que insultam gajos que tenham mais causas para além das politicamente correctas, tipo "criancinhas famintas na África sub-sariana, guerra do Iraque, pacote laboral do Bagão Felix, transporte de materiais radioactivos no Atlântico Norte" mas que depois, comem no Burger King para evitar o McDonald's e compram ténis de marca fabricados por criancinhas vietnamitas a troco de uma malguinha de arroz.

to be continued...

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