Holidays 2005
Regressei do Algarve, infelizmente. Agora só lá volto para o ano.
È uma pena os tempos das gloriosas “férias grandes” já irem tão distantes, não é?
Como tinha prometido, vou relatar-vos as minhas “percipécias” de férias.
“Fui á boleia até ao parque de campismo de Olhão, e aí juntei-me a uns bacanos com visual rasta que não faziam outra coisa que não fosse fumarem ganzas (ganzahr como eles diziam) e cantarem a JAH.
Eu como não tenho grandes dotes vocais, dedicava-me aos ritmos tribais.
Um pouco assincopado no início, mas depois, á força de inalar aqueles fumos, já tudo me saia bem.
Nos intervalos das refeições (que consistiam quase sempre de sopas de pacote), por vezes entregava-me às hábeis mãos das belas mulatas que integravam o grupo e que me administravam relaxantes massagens com aromáticos unguentos herbais.”
Não, é demasiado rastafarian, muito onda “jovens primitivos”.
Vou tentar outra vez.
“Oxigenei o cabelo, agarrei na prancha e na wax, e zarpei para as ondas do Algarve, mais precisamente em Sagres.
Estive em casa de uns amigos, que ficava a 2 minutos da praia, e por aí estive a curtir as ondas do barlavento algarvio.
Quando o mar estava “flat”, abocanhava umas queridas, para matar o tempo, para distrair enquanto não vinha um “set” em condições.
Mas quando metia as ventas no líquido, era fazer tubos e backflips como se não houvesse amanhã.”
Não, demasiado “beach and surf”, muito onda “Portugal radical”.
É melhor tentar outra vez.
“Depois de uma longa viagem de autocarro, montei a tenda num local bem isolado, para evitar as inevitáveis molhadas de gente.
Gosto de fazer campismo selvagem, sinto-me mais em contacto com a natureza, sinto mais a sua energia.
À noite, depois de uma curta oração, deitava-me na relva de braços e pernas abertos, e aí ficava longas horas, a contemplar as estrelas.
Neste meu retiro espiritual improvisado, fiquei sete dias e sete noites, em total harmonia com o cosmos.”
Não, demasiado metafísico, muito onda “kung fu” com o David Carradine.
Terceiro take.
“Chegado ao parque de campismo de Monte Gordo, senti de imediato uma forte vibração sexual no ar.
Corpos molhados, curvas sensuais, peles doiradas pelo sol, tudo se misturava num cocktail lascivo, carregadinho de volúpia.
Por todo o lado onde me virasse, a minha visão ficava turva, a linha do horizonte tornava-se difusa e dava lugar a uma miríade de rabos, seios e papos.
Foi uma tortura, nem na tenda havia sossego.
Pela calada da noite, a minha tenda era invadida por hordas das mais belas ninfas, sedentas dos prazeres da carne.
Toda a santa noite era um tremendo salsifré que se fazia sentir.
Eram gemidos, urros e risos, uma corrente de fluidos corporais que jorravam no meio daquela amálgama de braços, pernas e órgão genitais.
Ao fim da primeira noite tinha um bilhete colado na tenda a dizer: CALIGULA. Ao fim da segunda noite fui expulso do parque.”
Não, demasiado hard-core, muito onda “ordinário e grosseiro”.
Bom, já é tarde, o relato de férias continua num próximo post.
4 Comments:
Belas férias ;)
Eu por cá tenho visto umas peidas fabulosas em empregadas de mesa. Delicio-me com estes prazeres aristocráticos!
O ideal era "belas mulatas que me administravam relaxantes massagens com aromáticos unguentos herbais
em casa de uns amigos, que ficava a 2 minutos da praia. Á noite deitava-me na relva de braços e pernas abertos, e aí ficava longas horas, a contemplar as estrelas e por todo o lado onde me virasse, a minha visão ficava turva, a linha do horizonte tornava-se difusa e dava lugar a uma miríade de rabos, seios e papos." Isso sim eram umas grandes férias!!!
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