quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Isto está bonito, está...

Vou-vos hoje relatar uma curiosa história. Trata-se de facto, de uma vida recheada de experiências enriquecedoras. Ora leiam.

Acácio nasceu em finais do anos cinquenta na zona de Sintra. Amado e protegido pelos seus abastados progenitores, desde cedo se percebeu que aquela criança tinha tudo o que era necessário para ser feliz. O precoce interesse pela leitura, a natural curiosidade e espírito inquieto, sem duvida contribuíram para alargar os horizontes e cultivar aquele intelecto sedento de saber e cultura. Com a cabeça cheia de sonhos, aquele petiz adorava pôr em prática os mais utópicos projectos. Era um miúdo afectivo, cuja sensibilidade impressionava a todos os que conseguiam vislumbrar o que se passava para além daqueles pequenos olhitos verdes e amendoados. Assim se explica que embora passasse os finais de tarde sentado numa velha cadeira de balouço junto do avô no jardim, ele e o velhote, contavam histórias de vikings e intrépidos astronautas, transpondo desta forma, barreiras espaço/temporais. Sempre um aluno exemplar, Acácio revelava uma capacidade de liderança fora do comum para um garoto daquela idade. Ao longo dos anos, e mesmo quando o rigor do ensino universitário lhe bateu à porta, obteve sempre excelentes resultados, graças ao empenho e dedicação que sempre o caracterizaram. Mais tarde veio o interesse pelo desporto, e foi com exemplar disciplina que bateu vários recordes na modalidade de escalada e triatlo. O rapaz estava em todas! Era adorado por todos, tinha dinheiro a rodos (na sua maioria proveniente da empresa que criou no ramo imobiliário, e que ao fim de 5 anos estava no top 20) e sucesso em tudo o que fazia.

Na mega festa do seu 30º aniversário conhece a estonteante Adelaide, uma jovem de cabelos escarlates, e com ela descobre os prazeres lascivos do sexo tântrico.
Depois de um namoro de 6 dias, casam-se e fazem juras de amor eterno. O projecto de vida a dois foi correndo na normalidade, pontuado ocasionalmente pelas mais horrendas discussões, se os caprichos de Adelaide não fossem porventura satisfeitos. Pela mão dela, foi introduzido à “vertigem” dos jogos de azar e às noitadas no casino. O problema é que só com um Xanax no bucho, ele conseguia esquecer as dezenas de milhares de euros que via desaparecer do seu bolso a um ritmo incontrolável. Alheada da apreensão do seu esposo, a bela ruiva lá ia gastando o dinheirito em jóias, roupas, mas principalmente no jogo. Como moça sociável e desinibida, ela amiúde buscava afectos masculinos, curiosamente na ausência do seu cônjuge. Com jovens galantes, ela mantinha a boa forma em sessões de escaldante e intensa foda (mais tarde confessava que praticava o coito extraconjugal, porque tinha lido numa revista que era óptimo para queimar calorias). Preocupado pela obsessão pela boa forma física que a sua mulher evidenciava, Acácio mergulhou no mundo das bebidas alcoólicas, com direito a um copito de aguardente logo em jejum, para esquecer. O estilo de vida e os maus hábitos iam tornando um homem de marcado carisma, num homem inseguro com pendor para a depressão. Apesar de lhe ter sido diagnosticada uma úlcera e uma cirrose, perante a insistência de Adelaide, os longos serões passados nas salas de jogo tornavam-se cada vez mais frequentes.
A rotina é subitamente interrompida quando o contabilista do casal aproveitou para fazer uns investimentos de capital em negócios ilícitos, o que levou o nosso Acácio a bater com os costados na cadeia.
Na penúria, Adelaide para arranjar dinheiro para o vício do jogo, dedicava-se a ser alegremente preenchida pelas mais variadas vergas.
No cárcere, sem tempo para sentir solidão, Acácio descobria novas sensações. A sua flora intestinal era constantemente banhada de copiosas quantidades de sémen africano, em longas jornadas de amena sodomização. O convívio foi tão intenso, que não tardou a aparecer uma perfuraçãozita intestinal marota, para estragar a paz do nosso estimado.
Tal facto originou uma onda de solidariedade nos seus companheiros de cela, que mudaram de estratégia, passando-lhe a dar umas divinais massagens de esófago, só para ele não pensar que ninguém gostava dele. O outrora poderoso e carismático Acácio, a troco de uns míseros 2 euros, dedicava-se à arte do felacio, nas traseiras da arrecadação da carpintaria. Para ele até era benéfico, porque além de ganhar algum para o tabaco, ainda ingeria mais proteínas do que nas refeições da cantina, e como homem do saber, conhecia bem a importância do referido nutriente no organismo. Assim se passaram 5 anos, até à data da sua libertação. Chegado a casa, verifica que a sua amada esposa estava na sala, na companhia de 15 homens encapuçados, que animados, jorravam potentíssimos jactos de esperma para o seu corpo desnudado. “Coitada, sentia-se muito sozinha. Faz-lhe bem ter companhia.”, pensou ele, enquanto se encaminhava para o cofre onde iria guardar a mala com 233 mil euros, amealhados à conta de muito estimulo a pila reclusa.
A vida quotidiana foi retomando lentamente a normalidade. Enquanto Adelaide em conjunto com o seu amante moçambicano (Arnaldo), planeava apropriar-se da referida malinha, Acácio tenta recuperar o tempo perdido junto da esposa.
É aqui que tudo se complica, porque um dia ao chegar a casa mais cedo, descobre o Arnaldo escondido atrás do autoclismo, e ao ver o seu corpo de ébano a reluzir com a fraca luz do lusco fusco, pela primeira vez questiona a sua sexualidade. Com remorsos e com pena de Acácio, o africano desvenda a cruel trama urdida pela ruiva. Honestamente atraídos um pelo outro, os dois decidem diplomaticamente confrontá-la, e munidos com um taco de baseball folheado a alumínio deram um novo significado à palavra “quadrattini”.
A falar é que gente se entende, lá diz o povo!

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