terça-feira, fevereiro 15, 2005

Sonho de uma tarde de Inverno

Hoje fui dar uma explicação a casa de uns petizes, filhos de fidalgos, gente de posses. A mansão é extensa, tem jardim, um lago com patinhos, tudo cuidado e mantido pela criadagem. As crianças têm também uma ama, uma jovem vinda da Beira Interior.
Enquanto orientava os estudos dos pequenos, sob olhar atento da jovem perceptora, dei por mim a olhar libidinosamente para o volume dos seios. Fiquei por momentos em transe, tal a intensidade do desejo. Aquele olhar inteligente, apesar de inculto e desconhecedor, aquele corpo virgem, tenro, aprisionando uma alma que nada mais quer que ser corrompida. Por pouco não lhe afaguei o pescoço, a beijei nas faces rosadas. Imaginava-a assustada, imóvel, porém numa explosiva convulsão de excitação vaginal. O pior seriam os catraios, o que diriam depois aos pais. O segredo seria assim impossível.
Interrompi a aula, desmarquei as da tarde, e voltei para casa.

Esta pequena campónia fez-me perceber um pouco do que é o inconsciente colectivo do Carl Jung. Não tanto pelos mitos e crenças ancestrais, mas antes pela memória genética herdada dos antepassados.
Tenho nas minhas origens alguns patriarcas aristocráticos, gente também de posses e criadagem. E todos sabemos como são apetecíveis as jovens engomadeiras, as criadas de quarto, as ajudantes de cozinheira. Desde que jovens, pele fina e lisa, olhar doce, intenções puras, verdadeiras e ingénuas, a vontade de possuir em segredo estas pombinhas é irresistível.
Senti também esse desejo de posse pela jovem criada, senti a vontade de a ver submissa, silenciosa, disponível aos requintes que lhe prepararia, disposta a provar da minha beberagem.

Entregar-me-ei toda esta tarde aos prazeres onanistas inspirados na doce e terna ama. Vou sonhar com os rijos úberes, a pele das nádegas arrepiada com os meus beijos, a vagina rosada, levemente inchada e reluzente, entregue à luxúria, à dança visceral entre dois corpos.

Ai, caralho, que tesão me dás!

1 Comments:

At sexta abr. 29, 11:23:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O facto de conseguires fazer de um texto, aparentemente "inapropriate", algo poético deixa-me inesperadamente surpreendida. E fico feliz por saber que controlas os teus impulsos.

 

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