sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Estar em harmonia com o cosmos.

Há um conceito que me agrada sobremaneira e que me foi introduzido por um queridíssimo amigo, que é o de “estar em harmonia com cosmos”.
Pela designação, parece ter ramificações eminentemente profundas e filosóficas. Por mim tudo bem, desde que a sandes de torremos que estou meter no bucho não me faça mal à tripa, até curto a ideia.
Como sabem, o cosmos é descrito como sendo todo o universo, quando visto como um sistema que está em ordem e harmonia com tudo o que está nele contido.
Eu gosto sempre de me relacionar bem com toda a gente, sou um gajo pacato, cordial e nada conflituoso. Por isso, acho que não tenho feitio nem saúde para arranjar problemas com algo da dimensão do universo. Nem o quero imaginar chateado, principalmente sabendo que estou nele contido e não tenho maneira de o evitar.
Isto tudo significa que temos que estar sempre em sintonia com tudo o que nos rodeia, mesmo quando um lampião se vê por engano inserido no meio da claque do FCP.
A energia que nos rodeia tem que fluir livremente através de nós e temos de nos adaptar ao ambiente que nos rodeia.
Tem de haver uma “entrega” da nossa própria energia ao exterior, em suma, um intercâmbio de energias (não vou no entanto, enunciar os diversos tipos existentes).
Com base neste princípio, se por exemplo estivermos num ambiente muito frio, temos de encarar a temperatura do ar e a reacção do nosso corpo ao mesmo, como algo de natural.
Neste caso, fazemos portanto um exercício mental de abstracção à diferença de temperatura do ar e à do nosso corpo, o que nos permite não perder o controle perante esta adversidade (uma termotebe por cima do lombo também resulta bem).
Pergunto-me se esta táctica resulta se estivermos a ser afincadamente sodomizados por uma equipa de futebol de 5 do Nepal em período de estágio.
Cada caso requer uma técnica de adaptação diferente, por isso concluo que numa situação deste tipo, a melhor solução passa pela relaxação anal, com o intuito de minimizar danos, e em seguida um tiro certeiro de zagalote na zona genital dos sujeitos visados (à queima roupa, obtêm-se melhores resultados).
Deixo aos leitores, a liberdade de opinarem sobre o que fariam se tivessem de aturar uma viagem de 2 horas e meia num autocarro cheio de turistas espanhóis.
Finalizo com um alerta. O processo de assimilação e aprendizagem deste modo de vida (se assim se pode chamar) pode ser tortuoso e depende obviamente de cada um.
Tenho conhecimento de um indivíduo que só após matar o chefe com uma prensa de rebitar, encontrou a via da “harmonia com o cosmos” juntamente com os três cubanos, companheiros de cela.
Considerem-se avisados!

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