Relato de uma crise anunciada
Vou relatar-vos uma linda história de amor. Não pensem que por estar condensada em meia dúzia de frases “chave”, terá menos intensidade e fervor.
O leitor só tem de fazer um pouco de exercício mental e “ligar os pontos”. Trata-se de uma típica relação entre dois “joves” apaixonados.
1º Dia:
-Olá. Posso conhecer-te?
(diz ele num tímido murmúrio)
1 semana depois:
-Estou nas nuvens. És o homem da minha vida!
(diz ela após o primeiro beijo)
3 meses depois:
-Aceito.
(ambos a celebrar o sagrado matrimónio)
3 meses e 2 dias depois:
-“Môre”, passas-me o sal?
(diz ele com voz melosa)
4 meses e 1 dia depois:
-Vai lavar a louça, porraa!
(diz ela com o rolo da massa na mão)
4 meses e 1 semana depois:
-Limpa mas é os filha da puta dos pêlos da barba que “deixastes” no lavatório da casa de banho!
(diz ela com as veias do pescoço a latejarem)
4 meses e 2 semanas depois:
-Havias era de tratar do jardim, que mais parece a amazónia, com tantas “ortigas”, ó caralho!!
(diz ela com olhos raiados de sangue)
4 meses e 3 semanas depois:
-As gajas têm um “feeling”, um sexto sentido fodido pra estas merdas. Um gajo já não pode ser apanhado com uma foto de uma amiga nua, dentro de um livro na gaveta da mesa-de-cabeceira, que dizem logo que um gajo as anda a trair.
(lamenta-se ele, abanando a cabeça)
4 meses 3 semanas e 1 minuto depois:
-Bem me parecia que eras um putanheiro do caralho, meu granda cabeça de cabrão!
(diz ela, rasgando a foto em mil pedaços)
4 meses 3 semanas e 2 minutos depois:
-Não desejo a ninguém, mas a niguém, hã!!
(diz ele com as malinhas à porta de casa)
FIM.
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