quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Mea culpa

Mea culpa, sou realmente culpado. Enquanto eu for participante activo, este blog nunca passará de uma sebenta imunda.
Perante as insistentes acusações de alegada imaturidade e má educação, tenho um grau de culpa/inocência um pouco difuso.
Sou culpado de não ter juízo nenhum, de estar sempre a escarnecer e a zombar com as pessoas, de ser imaturo, irresponsável e egocêntrico.
Digo palavrões em barda, sou desbocado, e de uma maneira geral, quando estou inserido no meu círculo de amigos, sou um bocadinho insuportável.
Não me importo muito com os juízos de valor que as pessoas façam da minha pessoa.
Não sou aquele gajo certinho, de comportamento imaculado e lisura exemplar (também não ando aí a partir montras).
Sou como sou, um pouco irreverente e “marado da corneta”, mas não me considero má pessoa. Sinceramente, não acho graça àquelas pessoas ditas “normais”. Acho que lhes falta “chama” e irreverência.
São muito “standard”, muito pãozinho sem sal.
Geralmente essas pessoas não são interessantes nem têm conversas cativantes. É sempre a mesma conversa. Falam da família, dos vizinhos, da casa, do trabalho (em regra igualmente entediante), das doenças, da novela das 8, dos popós, dos miaus e dos béus-béus, do…foda-se!!!! Então e o sentido da vida, o amor, a incerteza do destino, a harmonia com o cosmos, o yin-yang, o universo desconhecido que nos rodeia, o verdadeiro eu, o sol e as ondas do mar? Enfim, o que no fundo, realmente interessa.
Tirem-se os bens materiais e a vidinha casa-trabalho-casa, e sobram sacos vazios.
Pessoas treinadas a serem felizes, no fundo, com coisas e em contextos sem conteúdo edificante nenhum.
Gosto das pessoas sensíveis às coisas simples da vida (na maioria das vezes as melhores), que digam o que lhes vai na alma, que partilhem alegrias e angustias, que cultivem a riqueza interior, que amem o seu semelhante. Basicamente, que sejam seres humanos e não seres vazios, medíocres e de visão de vida limitada.
Sou adepto daquele rasgo de loucura ocasional, do gesto inesperado, da inspiração divina e de uma gotinha de subversão (não vamos querer ser carneirinhos, pois não?).
Não se pode levar a vida nem a nós próprios a sério, isto é tudo demasiado efémero para isso.
Se formos fieis a nós próprios e nos libertarmos de capas artificiais, a vida será sempre uma festa!

1 Comments:

At segunda set. 19, 03:13:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Mundus, 'tas a partir!!! :) é assim mesmo! desta vida ninguem sai vivo. e afinal para que serve a puta da fisica quantica? para explicar tudo isto?... ou talvez não... o verdadeiro sentido das coisas; foi remetido para um segundo (ou terceiro) plano!
...pois, e o filme é "what the fuck (blip) do we know?" a ver, sem duvida!
chega de vidinha sem sal! é preciso evoluir, seja para onde for!
d´-lhe com a alma!!! :)
www.puredebatata.blogspot.com

 

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