Ride like the Wind.

Já repararam na malta dos “picanços”?
Já manjaram bem a pinta?
A pose crispada, os olhos raiados de sangue, os dentes cerrados, os dedos fincados no volante e os níveis de testosterona a rebentar a escala são em regra os sinais que mais facilmente denunciam estes meninos.
Eu não tenho pó-pó, mas compreendo perfeitamente essa necessidade primária de competir, do prevalecer da força sobre o mais fraco nessas batalhas no asfalto.
Também eu sinto muitas vezes essa vontade de ir até ao limite, do desafio, de provar o sabor da vitória.
Faço-o muitas vezes em acesas corridas para apanhar o autocarro.
Isso é que é de macho!
Não estamos dependentes de máquinas, mas sim de nós próprios e da nossa capacidade física.
Por exemplo, hoje só não cheguei primeiro naquele sprint de 30 metros até à porta do autocarro porque o raio da velha parecia que tinha fogo nas “sabrinas”.
Ainda assim fiquei num honroso 2º lugar de 7 participantes.
Não subestimem a 3ª idade!
Eles são veteranos nessa merda!
Parece que vão a morrer naquele ritmo pouco certo de quem já tem o quadro todo empenado, mas quando avistam o bus a partir, parece que têm gaitas no cu!
Vão com tanta sede ao pote que às vezes até mandam as “canadianas” com as putas e tudo!
Naquelas idades essa pequena glória pessoal é tudo na vida.
E vendo bem as coisas até estão em vantagem em relação à malta “jove”.
Os baixos níveis de densidade óssea causados pela osteoporose dão-lhes uma leveza que não pode competir com os atletas mais maciços.
É um facto, os “genebras” até voam com o vento! São leves como plumas!
Nestas coisas a também alimentação é de importância vital e o “mata-bico” rico em hidratos e as clássicas “sopas de cavalo cansado” dão-lhes uma pica que só os mais potentes esteroídes anabolizantes podem proporcionar.
Quais varizes, qual quê??!