Tudo pelos ares!
Sempre ouvi dizer que com a natureza não se brinca, mas desta vez foi ao contrário.
A natureza gozou literalmente com a nossa cara, ou melhor, trocou-nos as voltas.
Agora que íamos ter o nosso devastador tufão…
Havia aquele entusiasmo de termos um desastre natural de acordo com a grandeza de um país com séculos de história.
Suponho que os tufões estejam reservados para países de maior envergadura como os EUA, o que é uma pena.
Nós como somos pequeninos, uma qualquer tempestade tropical serve perfeitamente (nome exótico, no entanto).
Não há direito! Fazerem um gajo encher-se de coragem, e à revelia dos insistentes apelos da protecção civil, estar à hora marcada, altivo, de peito cheio, do alto da sua varanda, pronto a enfrentar a fúria dos ventos, e nada…
Nem as folhinhas das árvores abanavam, caralho!
Eu à espera de ver tudo a ir pelos ares, e desafiar o poder das ventanias, fiquei imensamente “descolhoado” com tudo isto.
Se chamarem tempestade a um arremedo de brisa suave, então estamos mal.
Pensava que era só o governo que prometia e não cumpria, mas depois disto, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil não deve ter ficado muito bem, em matéria de credibilidade.
Que logro! Estava esperançado que esta fosse uma bela oportunidade para este país ficar limpo de muita trampa que não faz cá falta nenhuma.
Por exemplo, todos aqueles que votaram na Fatinha, no Avelino, no Isaltino e no Major deveriam ser varridos de Portugal, levados pelos ventos, para bem longe.
Enfim, nem merecemos esse rasgo de justiça divina. Estamos definitivamente entregues aos bichos.
A única coisa que foi pelos ares foi a imensa expectativa gerada à volta deste tão importante “evento”.
E agora o que vou fazer com a adrenalina libertada, e os níveis de testoterona?
Depois admiram-se se um gajo manda bocas porcas às garinas.
Só espero que para a próxima, as promessas sejam para cumprir.
3 Comments:
Escreves mesmo bem Mundus. Não sei se ler este comentário te agrada( se só quiseres transparecer o teu lado labrego) mas gosto sempre imenso dos teus posts.
Agradeço o elogio, Inês.
Obrigado.
Fico surpreso com este teu gesto tão simpático dirigido a quem te tratou menos bem.
Modestamente, não acho os meus posts nada de especial.
Enfim, são gostos.
Ora assim é que eu gosto de vos ver! As bocas que nós mandamos são apenas reflexos de uma educação maternal super-protectora que infelizmente redunda numa necessidade extrema de observar as munlheres como meros objectos carnais de prazer sexual.
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