O patronato tem sempre razão.

Chefe: - Ó sôr Antunes, já não lhe tinha dito para deixar as gravatas obscenas em casa?

Antunes: - Mas ó chefe, já reparou que a sua gravata tem porquinhos a praticarem o coito?

Chefe: - Sim, mas o coito não é indecoroso e é aceite pela igreja, desde que seja para procriação, o que não é o caso dos elefantes a praticarem o fellatio na sua gravata, sôr Antunes.

Antunes: - Ok, eu sei que a empresa é espanhola e os “nuestros hermanos” ligam muito a essas questões, mas o chefe sabe lá se os porquinhos da sua gravata têm a intenção de fazerem filhotes no meio desse regabofe?

Chefe: - O sôr anda a pedi-las, anda. Nunca lhe disseram para nunca pôr em causa o que o patronato diz?
Vocês andam muito… ó sôr Gonçalves, por deus! Já viu o migalheiro que o sôr está fazer no chão com as suas bolachas integrais?
Já viu a imagem que isto dá à empresa?
Já nem falo no perigo de acidente no local de trabalho!

Gonçalves: - Acidente?! Qual mal fazem meia dúzia de migalhas no chão?
Afinal de contas a dona Gisela limpa isto todos os dias.
Imagem? Então e quando o chefe leva chamuças e bolas com creme para a sala de reuniões?

Chefe: - O sôr Gonçalves parece que não pensa! Então e se eu vier a correr e escorregar nas suas migalhas? E se vier a correr com uma cantarinha à cabeça?
E se vier a correr descalço com uma cantarinha à cabeça?
E se vier descalço, ao pé coxinho e com uma cantarinha à cabeça?
E se a cantarinha estiver cheia até cima?
O sôr não pensa na segurança e bem estar dos colegas?
E afinal o que é que o sôr tem conta o que eu como na sala de reuniões?
Não vê que estou de dieta!?
Este departamento está bonito, está.
Qualquer dia ainda me aparecem aí com a roupa da Floribella e badges dos D’zrt!
Vendo bem as coisas, a Gina da contabilidade não ficava nada mal de saia com tule…