sábado, fevereiro 12, 2005

Projecto "A vida é uma festa!"

A vida é uma festa! Para alguns é certamente, mas tal como a maioria do comum dos mortais a vive, não será exactamente assim. A não ser que tenhamos dinheiro em barda, claro está. O projecto "A vida é uma festa" nasce justamente da necessidade que temos de sairmos do torpor no qual vivemos, quebrarmos um pouco as chamadas "regras da sociedade" (não andamos porém metidos em actividades ilícitas), de sermos diferentes, e por consequência disso, a nossa presença por vezes capta a atenção de quem nos rodeia, causando amiúde o sentimento de asco em muita gente (não é que esse facto, nos preocupe muito). Muito num estilo fight clubiano, usamos muitas vezes a provocação e a irreverência para não nos tornarmo-nos todos em cordeirinhos num rebanho.No fundo tudo isto é uma acto de libertação, uma tentativa de sairmos do espartilho das regras de conduta social. Considerem as nossas obscenidades como um grito de alerta, por assim dizer, uma alternativa à rotina do dia a dia.


Teremos nós a obrigação de sermos "certinhos" no nosso comportamento, e de mantermos sempre conversas politicamente correctas? Por vezes temos necessidade de sair fora desse contexto, e de fazermos coisas tão alegres e divertidas como por exemplo:

· Gritarmos "Foda-se!", a plenos pulmões em plena via pública. A isto chamamos de "mandar uns fuós", porque foneticamente por vezes sai algo mais parecido com "Fuóóda-se!". Esta explosão de energia , qual terapia de "primal scream", tem um efeito libertador imediato muito forte. Porém, é praticado com moderação, pois o nosso aparelho vocal não é de ferro.

· Tirarmos fotos nossas, de calcas em baixo e a simular o acto da defecação, nos locais mais inusitados (ainda não perdemos a esperança de tirarmos umas quantas na Assembleia da República). Os ataques de riso que essas mesmas fotos nos provocam, são inolvidáveis.

· Analisarmos com minúcia, as qualidades de cariz sexual de todas as gajas que nos passam pela frente.Análise essa, pontuada ocasionalmente, por um grito de "Ó Boa!!!!!" (Assim como assim, no fundo, elas até gostam, apesar de ficarem com um ar de nojo e repulsa).

Rimo-nos à parva com tudo isto, contudo saliento que o nosso objectivo não é ofender ninguém. O que fazemos, no âmbito deste nobre projecto, terá também a ver com "A fina arte de ser labrego sem realmente o ser".
Há sempre muita matéria-prima à nossa volta, portanto temos áreas de exploração novas, que nos são reveladas a um ritmo constante, e que servem de combustível para muitas das nossas brincadeiras. O povo português, graças a um desenvolvimento e experiência de vários séculos, tem na escala de "labreguice", um nível quase estrastoférico.

Analisar friamente todos estes disparates e tentar explicar estas experiências em palavras é uma tarefa muito complicada, pois isto vive muito de cumplicidade e da emotividade do momento.
Sem esses elementos, tudo isto não faz o menor sentido e não passam de actos da mais pura idiotice gratuita. Para nós, enquanto este projecto, que se propõe ser vitalício, nos una os corações e nos faça sentir vivos, a vida será certamente uma grande festa!

1 Comments:

At domingo fev. 12, 06:49:00 da tarde, Blogger Margarida C. said...

Amen, querido Mundus.

 

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